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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Aquecimento Antropogênico é verdade?

Os globalistas têm tentado por todos os meios provar que há um aquecimento global e que este é provocado pelo homem que despeja CO2 (gás carbônico) em excesso na atmosfera terrestre. Segundo eles, o progresso industrial, os automóveis, os agricultores, os pecuaristas e todas as pessoas são responsáveis pela emissão de CO2 em demasia. Este gás impede que o calor da terra seja disperso e o efeito estufa aumenta a temperatura do planeta. Alguns, mais eufóricos na adoração da mãe-terra, afirmam que seria melhor extinguir o homem da face da terra para que o mundo voltasse a ser selvagem e belo. Seria muito interessante o mundo totalmente selvagem, pena não haver ninguém para ver tamanha beleza.

Outra corrente começa a promover o aborto como solução para o excesso de gente sobre a terra. Parece absurdo, mas está sendo quase obrigatório em alguns paises além da China. O caso mais emblemático ocorreu no prédio do canal Discovery, nos EUA. Um homem entrou armado e fez reféns, gritando que tinha sido iluminado pelas idéias de Al Gore (Uma verdade inconveniente) e que o canal tinha a obrigação de divulgar suas idéias. A principal delas era o extermínio de bebês com um programa de governo para evitar a gravidez de, segundo ele, crianças nojentas que se tornariam adultos poluidores. Tudo isso parece-se mais com uma religião de fanáticos do que com um problema real afetando o planeta. A adoração da terra, a mãe Gaia, como se ela tivesse espírito próprio capaz de controlar o clima e a vida - paganismo -, é a chave para a compreensão do movimento verde. Paganismo significa adoração da natureza e de seus elementos como ar, terra, fogo e água.

O mais preocupante é que muitos cristãos estão caindo nessa farsa montada para iludir e amedrontar, colaborando com a apostasia que permitirá o surgimento do iníquo. A apostasia resultante é algo que desvia a fé do cristão para os elementos naturais e faz com que se importe mais a criatura do que com o Criador (Rm.1:25). É certo que o Senhor criou o homem para cuidar do jardim mas o pecado entrou no coração humano e o homem foi expulso do Éden. Diz Paulo que a natureza geme e se angustia até agora aguardando a manifestação dos filhos de Deus, e esse sofrimento da natureza é resultado do pecado. Esse tipo de adoração pagã traz como consequência, além da destruição ambiental, a mudaça de comportamento humano, o que explica em parte o aumento da homossexualidade. Alguns cristãos argumentam que o mau uso da natureza também é resultado do pecado, mas isso é óbvio. No entanto, apenas isso não é causa dos transtornos na natureza. Os problemas causados à natureza não têm nada a ver com emissão de carbono (CO2) na atmosfera, mas com o pecado da humanidade. 

Em toda a Bíblia lemos que as catástrofes ocorrem quando o pecado aumenta. O caso mais conhecido é o das cidades de Sodoma e Gomorra. Naquele tempo não havia poluição suficiente para receber a culpa. A Bíblia contém figuras que revelam a realidade do estado da criação antes e depois do pecado do homem. Estas figuras são princípios que regem a realidade conhecida. Quando o homem repete as ações pecaminosas dos antepassados, os efeitos também se repetem. No esforço de ocultar sua condição de homem criado em carne e espírito a humanidade desdenha da verdade e provoca mais mal do que bem a si mesma e à natureza.

Outro caso importante relatado nas Escrituras é o dilúvio, que veio por causa da maldade do homem. Não se pode atribuir as causas do dilúvio à poluição ambiental. Há um gatilho que dispara a destruição conforme o pecado aumenta, e esse gatilho está nas mãos do Criador. Vemos que haverá um aquecimento global no livro de Apocalipse, que também será provocado pela maldade humana. Este aquecimento não virá por ação direta do homem mas pelo aquecimento do sol, sobre o qual o homem não tem controle algum.

Os cristãos parecem ter esquecido que as Escrituras não erram. Logo após o dilúvio, o Senhor disse a Noé: 
Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão.
Todo o universo está nas mãos de seu Criador, inclusive o nosso planeta. A esta altura alguns devem estar se perguntando se somos favoráveis ao desmatamento, ao uso do petróleo como fonte de energia, à construção de barragens para geração de eletricidade e coisas assim. Antes de qualquer resposta é necessário entender que há uma hierarquia na criação: o homem vem em primeiro lugar e, depois, as demais coisas. Se é necessário desmatar, usar petróleo e construir usinas hidrelétricas para que o homem possa desfrutar de bem estar em vida, somos favoráveis sem dúvida alguma. No entanto, fazemos distinção entre usar a natureza e degradá-la sem razão plausível. Deus é o mantenedor deste planeta e Ele é quem faz com que apesar dos erros humanos tudo continue funcionando como desde o início. Não será nosso uso dos recursos naturais que provocará aquecimento algum. Se o Senhor quiser, basta ordenar ao sol que aqueça e tudo aqui transforma-se em torresmo. Basta um desvio no eixo da terra e tudo pode congelar. A regra de conservação da natureza foi muito bem explicada por Jesus:
"Fazei aos homens o que quereis que eles vos façam a vós"
Aplicando esta regra moral em tudo o que fizer, o homem preserva-se a si mesmo e ao ambiente em que vive ainda que dele se utilize para seu bem estar. Assim está ordenado por Deus e Ele é Aquele que sustenta todas as coisas pela força do seu poder. Não há o que temer sobre haver algum aquecimento global, principalmente produzido pelo homem. A única causa de qualquer catástrofe chama-se pecado, mas este também foi resolvido por Jesus Cristo, quando entregou-se para sofrer a punição do pecado em nosso lugar. A dívida que pesava sobre todos os homens foi completamente paga por Jesus. Quanto mais o homem se afasta de Deus mais provoca problemas para si e para a natureza. E não é isso que ocorre hoje no mundo inteiro? Não é de estranhar que o mundo apresente catástrofes, as quais se intensificarão até o dia da Grande Tribulação, quando a humanidade sofrerá os efeitos da apostasia e rebeldia contra seu Criador. Não foi da vontade Dele que isso acontecesse mas, conforme a realidade da criação, as coisas serão assim.

Fica então a pergunta: Até quanto os filhos de Deus esperarão para manifestar-se ao mundo em verdade e em justiça* pregando a realidade da salvação em vez de as doutrinas ideológicas humanas que conduzem à apostasia?

*Justiça - a justiça dos homens está subordinada à justiça de Deus. A justiça divina trata de devolver ao homem o que foi tomado por Satanás, mas a punição pelo pecado - que, quanto aos homens, é errar o alvo de Deus - recai sobre o Salvador e não sobre o pecador que se arrepende. A justiça humana trata de devolver ao homem o que foi tomado por outro homem, mas a punição recai sobre aquele que praticou o ato, ainda que se arrependa.

Fé + Conhecimento = Orgulho?

Dia a dia vemos aumentar a dificuldade para a divulgação do evangelho e a maioria dos cristãos, por mais atenta que esteja, não faz idéia do que realmente se passa. A igreja parece que abriu as portas para o mundo confundindo o natural com pecado e, ao mesmo tempo, deixando passar camelos e mais camelos pelo fundo das agulhas. O que está acontecendo, afinal? Por que a igreja está tão distante de alcançar o objetivo de Cristo, qual seja o de fazer discípulos? A igreja não está respondendo às questões que o mundo lhe tem imposto, por quê? A Bíblia não tem respostas para essas questões? E os cristãos que a conhecem, por quê não têm respostas também?

Em primeiro lugar, a Bíblia não é um compêndio de ciências mas é o Manual da Realidade. Dela podemos extrair princípios que, quando investigados pela ciência, podem elucidar muitas coisas ainda desconhecidas. Dou alguns exemplos. O profeta Isaías diz que o Senhor se assenta sobre a redondeza da terra. Então, a terra tem formato arredondado, não chato nem quadrado. Noutro ponto está escrito que o Senhor estendeu os céus como a um pergaminho. Hoje os cientistas estudam a existência dos chamados buracos de minhoca no Universo. Isso significa que o Universo pode não ser plano e deve ter curvaturas. Assim, se alguém estivesse querendo ir de um lugar a outro encurtando distâncias, poderia pegar a chamada dobra do tempo, que é como se atravessasse por dentro de uma onda ao invés de passar por cima dela. Atravessar essa onda em vez de contorná-la, encurta a distância entre um ponto e outro. A idéia está na Bíblia: desenrolando o pergaminho formam-se ondas se não for devidamente esticado. Existem outros fatos que deveriam ser investigados, mas os homens preferem jogar esse conhecimento fora dizendo que a Bíblia é somente um livro religioso e que não tem valor científico algum. Como Deus mesmo diz, desprezam o conhecimento e preferem as fábulas.

Mas onde os cristãos estão errando também? Há algo que nós, como filhos do Deus Altíssimo, podemos fazer? Sim, há, mas nem todos querem fazer. Precisamos retornar à sanidade mental, ao conhecimento puro e simples que caminha muito bem ao lado das Escrituras.

Os cientistas alegam que a ciência desmente a Bíblia, mas sabem que é exatamente o contrário disso. Quando pesquisam algo começam por buscar evidências contra a Bíblia. Quando as pesquisas os traem e mostram que a Bíblia tem razão, tais pesquisas são impublicáveis, ninguém se arrisca a mostrar que a ciência errou para não ser considerado um religioso sem bom senso. Na verdade quem errou foi o cientista, o pesquisador, mas e os egos inflamados, onde ficam? Muitos cristãos têm egos enormes também, mas escondem tudo debaixo da ignorante explicação: O saber torna o homem soberbo. Torna mesmo?
Os que assumem a ignorância como uma meta cristã citam o texto de 1Co.8:1 -
ORA, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que todos temos conhecimento. A ciência incha, mas o amor edifica.
Mas há um detalhe que poucos percebem: Paulo está sendo irônico e é simples perceber isso pelo que ele diz em seguida:

2  E, se alguém cuida saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber.
Ora, se há um tipo de saber que convém, esse saber não incha, não torna ninguém soberbo. O tipo de conhecimento que não incha é o conhecimento verdadeiro, natural, ainda que produzido por homens que investigaram a natureza e dela tiraram lições importantes. Esse tipo de ciência não torna ninguém soberbo por uma razão bem simples: é um tipo de conhecimento sobre o qual o homem não tem qualquer poder, faz parte da natureza criada, do todo criado por Deus. Nesse conhecimento inclui-se filosofia, história, biologia, física, astronomia, química, direito, música, literatura e tudo o mais que pode ser compreendido pelo homem.
Mas qual filosofia é a correta? Qual parte da história podemos compreender como não inventada? Como a biologia explica a criação e não a evolução? Muitas perguntas podem surgir e a resposta também é simples: a realidade não se altera pela vontade do homem. A ciência que a compreender e a retratar com fidelidade merece nossa atenção. É importante ressaltar que a Filosofia não é uma ciência em seu sentido estrito, pois o filósofo é aquele que investiga a realidade até encontrar seus princípios elementares. Como diz o filósofo Olavo de Carvalho, a filosofia é a unidade de conhecimento na unidade de consciência. Da Filosofia originam-se as demais ciências teóricas, e mesmo as práticas têm algo cuja fonte está no pensamento dos filósofos.

O apóstolo Paulo não está dizendo que por si mesmo o saber incha, mas diz que o falso saber torna o homem soberbo. É compreensível que o falso saber ensoberbeça o homem, pois ele terá que esforçar-se para dar credibilidade ao que sabe ser falso. A imponência do falso sábio busca humilhar os demais para que sua falsidade não seja descoberta. É uma espécie de medo oculto que força o vigarista a impor respeito pela expressão de uma autoridade que não tem.

A Igreja precisa voltar ao bom conhecimento se quiser levar a Verdade do Evangelho aos homens. Existem inúmeras questões pendentes que precisam da resposta correta, a qual somente Deus nos dá em Sua Palavra, mas não podemos simplesmente levar tais respostas aos homens dizendo "Na Bíblia está escrito que..."
A maioria das pessoas já está sendo doutrinada para ver a Bíblia apenas como um livro religioso, sem qualquer profundidade que ao menos indique uma direção para a pesquisa científica. Enganam-se os que pensam assim, mas são os fatos. As pessoas não ouvirão respostas que comecem citando a Bíblia como fonte segura de conhecimento. Podemos até citar trechos dela mas precisaremos saber como se encaixam corretamente na realidade, explicando-a, tornando claros os problemas ocultos e, então, trazendo a revelação divina ao entendimento daquele que ouve. Sem entendimento da realidade, sem capacidade de expressão, de linguagem correta, de sabedoria e compreensão do todo criado e suas relações comuns após a queda do homem torna-se praticamente impossível falar aos homens sobre a Salvação de Cristo. Tais palavras tornam-se sem sentido para os que buscam respostas objetivas. Além do quê, a compreensão das Escrituras só se dá perfeitamente depois que o homem arrepende-se, aceita a salvação e recebe o Espírito Santo, que é quem explica o que disse.

Precisamos observar como Paulo falou aos gregos quando pregou no Areópago. O texto está em Atos 17, vs. 18 em diante. Observe no vs.23 como Paulo encontra a oportunidade para falar do evangelho aos gregos. Observe também o vs.18 e veja as dificuldades que já existiam entre os que seguiam os filósofos epicureus e estóicos. Estes foram considerados como falsos filósofos pelos grandes pensadores da época e pelos seguintes, embora atualmente sejam considerados mestres por alguns que se julgam grandes pensadores. Quando entendemos que os adeptos dessas filosofias baratas ainda se mantém ativos no mundo, vemos que os desafios de Paulo eram os mesmos que todo cristão enfrenta atualmente. Sobre essas filosofias pretendo escrever algo breve logo mais, a fim de instruir um pouco os que por aqui passarem. Para os que quiserem se aprofundar no assunto, sugiro o livro de Olavo de Carvalho "O Jardim das Aflições", no qual se encontram não só parte da filosofia de Epicuro como também outros pensamentos que estão modificando o mundo atual.

Os cristãos precisam retornar ao bom estudo sem tentarem se apoiar na própria ignorância como um método divino de divulgação da humildade evangélica. Após o apóstolo Paulo ter dito que o saber ensoberbece, ele mesmo passa a ensinar os coríntios sobre a questão das coisas sacrificadas aos ídolos. Ora, se Paulo ensinava é porque ele sabia do quê estava falando. Além disso, se saber demais torna alguém soberbo, segundo essa idéia absurda, Deus seria a pessoa mais soberba que existe!

Jesus é o Logos divino que se fez carne e habitou entre nós. A palavra Logos vem da língua grega e significa conhecimento, verbo, palavra, inteligência, sabedoria. Se Jesus é a sabedoria de Deus, a inteligência de Deus que se fez carne e habitou entre nós, desprezar o conhecimento é também desprezá-Lo ao menos em parte.
Paulo diz que em Cristo estão escondidos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Assim, todo cristão deve começar por conhecer seu Salvador e suas palavras, e jamais desprezar o conhecimento humano que, por toda maneira, também veio de Deus.Como diziam os antigos, o saber não ocupa espaço.

Após investigar bem as Escrituras, o cristão começará a entender a diferença entre o falso saber e o conhecimento das verdades que conduzem o homem à compreensão das coisas criadas, e como melhor utilizá-las para si e para a glória do Criador. A Igreja precisa recuperar sua autoridade moral diante dos homens mas, sem conhecimento, entendimento e sabedoria, não conquistará nem mais um só ouvido atento para o que tem a dizer. Se a Igreja quiser recuperar sua credibilidade moral deve, primeiro, recuperar sua credibilidade intelectual para poder responder aos homens conforme as suas mais profundas ansiedades, da mesma forma como fez o apóstolo Paulo no Areópago.