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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mentiras, Iniquidades e aborto

Pretendo ser breve para que o leitor possa avaliar rapidamente a situação atual e tomar uma decisão correta diante do cenário que se avizinha. O texto bíblico no qual vou basear este breve estudo está em Jeremias 23, capítulo todo. Este é o nosso tempo.

A chave para compreendermos por que é o nosso tempo está nos vs.7 e 8(*). Não vou reproduzir os textos aqui para não tornar a leitura cansativa, mas você deve lê-lo inteiro, com atenção e oração. Vêm dias de juízo sobre a terra.

Algumas versões da cristandade (e digo versões pois não se tratam nem de igreja) têm defendido o aborto como uma questão de saúde pública, o que é uma mentira deslavada. Será mentira dizer que não se praticam abortos no país, mas são mais mentirosas ainda as notícias destes links:

http://blogdofavre.ig.com.br/2010/10/aborto-ilegal-mata-uma-mulher-a-cada-dois-dias/

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/aborto+supera+cancer+de+mama+em+internacoes+pelo+sus/n1237794630553.html

As desculpas para a prática do aborto são várias, e não vamos abordá-las todas aqui. Contudo, havendo abortos, é importante ressaltar que podem ocorrer por vários motivos naturais e não provocados. Doenças do feto e da mãe podem ser causas de abortos naturais mas não atingirão os números da reportagem, nem com enorme esforço. Interessa-nos a discussão apenas do aborto provocado por razões não naturais, ou fúteis.

Alguns falsos pastores têm afirmado que "se as pessoas sem religião querem fazer abortos, a igreja não tem nada com isso". Seguindo a lógica desses 'iluminados', se um estruprador sem religião violar suas esposas e filhas, a igreja também não terá nada com isso e, por consequência, eles não poderão clamar aos céus por consolo, como também estarão moralmente impedidos de reclamar justiça humana para o criminoso. Ora, alegrem-se! Eles não têm religião, pastores néscios!

Outros contestam a possibilidade de vida humana num feto de poucas células, pois estes ainda não têm um sistema nervoso central que transmita sensações dolorosas e sentido de morte iminente, enfim, não são seres humanos. Falo apenas sobre autodenominados sacerdotes cristãos. Aqui incluo tanto pastores protestantes quanto padres católicos e quaisquer outros que, de alguma forma, tenham a Bíblia como fundamento de sua fé e defendam o aborto por quaisquer razões.

Para os que não desejam entrar no mérito da questão sob o ponto de vista judaico-cristão, basta apenas pensar que no momento da fecundação, surge um novo ser com um DNA único, exclusivo e inigualável no mundo. Ele ainda não está pronto para vir à luz mas já é um ser humano completo em seu DNA, assim como há um enorme eucalipto numa pequena semente. Aquele DNA diz que aquelas células formarão um ser humano e isto basta para que tenha direito à vida. Se viverá normalmente durante a gestação e depois de vir à luz, não há como saber: o futuro é sempre incerto para os homens. No entanto, para os pseudo-cristãos que defendem o aborto nas primeiras semanas de gestação, podemos dizer que são rebeldes contra o Senhor. Davi dizia que o Senhor o tecia ainda sem forma no útero de sua mãe, portanto, interromper o trabalho divino é um ato de rebeldia. Agora, vamos voltar um pouco no tempo.

Quando os hebreus sairam do Egito, receberam ordens do Senhor para não cometerem os mesmos pecados dos habitantes daquela terra que mana leite e mel. Está em Deuteronômio 18:10 -
"Não se achará entre ti quem faça passar seu filho ou a sua filha pelo fogo..."
Passar filho ou filha pelo fogo era feito da seguinte maneira: acendiam uma fogueira aos pés da estátua de Moloque e, quando a estátua estivesse incandescente, colocavam a criança em seus braços como oferta àquele que consideravam deus. Agora, vamos ao que diz a profecia de Jeremias 23, vs.13 -
"Nos profetas de Samaria, bem vi eu loucura: profetizaram da parte de Baal e fizeram errar o meu povo de Israel".
Profeta significa aquele que ensina, de onde também se origina a palavra professor. No sentido bíblico, além de professor também significa aquele que fala por antecipação. E os profetas do Senhor fazem exatamente assim: ensinam e avisam sobre o futuro. Mas todos devem ensinar apenas o que o Senhor quer, bem como só devem dizer o que Ele diz, sem invencionices. E aqui está o problema. Os tais pastores da rebeldia ensinam o povo a errar, sendo igualmente ofertantes de crianças a Moloque. Esses falsos profetas ainda afirmam que os cristãos defensores da vida, por serem fundamentalistas, conhecerão a fogueira. É possível, se os tiranos que eles defendem tiverem poder suficiente para tanto. Contudo, ainda que queimados aqui, não conhecerão a fogueira eterna pois não foram rebeldes contra o Senhor. Tais homens, hoje, têm ensinado o que contraria a vontade de Deus e ainda dirigem-se aos malfeitores para abençoá-los diante de todo o povo (vs.14). Diz, então, o Senhor:
"Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam, ensinam-vos vaidades e falam da visão de seu coração, não da boca do Senhor."
Portanto, os falsos profetas de hoje devem ser acusados de rebeldes, mas com um alerta especial aos obedientes: não orem por eles, pois conhecem a verdade e dela se afastam deliberadamente, levando o Senhor à ira. Ele mesmo nos avisa para que não percamos tempo com estes. Em suma, afastem-se deles antes que os juízos caiam sobre todos, indistintamente.

E quanto aos abortos que já são praticados hoje? Nossas leis punem quem pratica aborto por motivos fúteis. A exceção ocorre por causa de gestação originada de estupro ou algo que comprometa a vida da mãe ou do feto. A gestação causada por estupro é uma questão que discutiremos futuramente, pois é assunto razoavelmente extenso mas, para simples esclarecimento, dizemos que o amor deve prevalecer. Para os casos de perigo real de vida para a mãe, penso não serem necessárias maiores explicações pois a Bíblia consente que tais abortos sejam feitos.

Dizem os políticos que aborto é 'caso de saúde pública'. É em termos. Como estão alardeando, é mais um caso de polícia e julgamento por infanticídio do que de saúde pública. Com a massificação do sexo e a libertinagem atuais, não há como não falar em risco de gravidez. Jovens e adultos praticam sexo à vontade com vários parceiros e, evidentemente, a gravidez pode ocorrer. Os abortos que estão ocorrendo, conforme dizem as matérias dos links acima, precisam ser devidamente identificados:
  • quantos ocorrem por causas naturais;
  • quantos ocorrem por motivo de doença,
  • quantos ocorrem por estupro e,
  • quantos ocorrem por simples vaidade? 
Separados os que a lei permite, os que a lei condena não podem simplesmente passar em branco. Quando os políticos dizem que pretendem descriminalizar o aborto, então, trata-se do aborto provocado por causas vãs, fúteis, porque os demais, cujos riscos existem realmente para mãe, já são permitidos pela lei. As mulheres que abortam por motivos permitidos em lei não precisam temer a polícia quando se dirigem a hospitais para tratamento: não houve crime algum. Assim, a defesa do aborto está vinculada apenas - e exclusivamente - aos casos vedados pela lei, os quais são definidos como crimes. Este é o ponto. Quando políticos afirmam que, ainda assim, é um caso de saúde pública, estão assinando o atestado de incompetência e a declaração de corruptos, pois até hoje exige-se demais da população em impostos para a saúde. Por que nada é feito para a saúde geral da população? Se a mulher praticou aborto por estar em risco de vida, longe de um hospital, nada há na lei que a transforme em criminosa: houve risco da própria vida. O problema está apenas nos meios de prova do fato para este caso especial.

O cristão genuíno será contra o aborto fútil por tratar-se de uma vida em crescimento, mesmo que dentro do útero da mulher: está em crescimento assim como, depois de vir à luz, continuará crescendo fora do útero. De fato, o feto apenas muda de lugar sem deixar de ser um indivíduo único, um ser humano, desde a fecundação.

Peço aos leitores que estudem o capítulo 23 de Jeremias. Lá estão as palavras de Deus para os tempos atuais(*). Não só os alertas, mas principalmente os juízos que virão sobre este mundo, sobre o qual a iniquidade cresce a olhos vistos. Orem, e se em suas igrejas existem profetas ensinadores favoráveis à rebeldia, falsos portanto, segue o aviso do Senhor: Afastem-se deles pois, na hora dos juízos, eu não terei misericórdia do justo que se coloca em jugo desigual com os iníquos. E o Senhor tem avisado também que não há mais tempo. Os pecados têm chegado ao céu e contaminado o suave aroma das orações dos santos. Fujam da hipocrisia dos que têm o coração calejado pela iniquidade e cujo entendimento está obscurecido pelas trevas. Sai dela, povo meu! A mão do Senhor já está levantada para julgar.

(*)OBS: A chave para entendermos por que se trata dos tempos atuais está nos vs.7 e 8 deJeremias 23, que tratam do retorno do povo de Deus para a terra de Israel. Em seguida, Jeremias começa a falar dos falsos profetas, o que nos leva à compreensão dos dias atuais, pois os fatos coincidem insofismavelmente.