Quando  reagem aos ataques cada vez mais virulentos que a religião sofre  da  parte de gayzistas, abortistas, feministas enragées, neocomunistas,   iluministas deslumbrados etc., certos católicos e protestantes  invertem a  ordem das prioridades: colocam menos empenho em vencer o  adversário do  que em evitar, por todos os meios, "combatê-lo à maneira  do Olavo de  Carvalho".  
O que querem dizer com isso é que o Olavo de Carvalho é violento,  cruel  e impiedoso, humilhando o inimigo até fazê-lo fugir com o rabo  entre  as pernas, ao passo que eles, as almas cristianíssimas,  piedosíssimas,  boníssimas, preferem "odiar o pecado, jamais o pecador".  Daí que, em  vez de ferir os maliciosos com o ferro em brasa da verdade  feia,  prefiram admoestá-los em tom de correção fraterna ou, no máximo,   argumentar genericamente em termos de direitos e valores. 
São, em primeiro lugar, péssimos leitores da Bíblia. Cristo, é   verdade, mandou odiar o pecado e não o pecador. Mas isso se refere ao   sentimento, à motivação íntima, não à brandura ou dureza dos atos e das   palavras expressas. Ele nunca disse que é possível reprimir o pecado  sem  magoar e,  nos casos mais obstinados, humilhar o pecador.
Quando expulsou os comerciantes do templo, Ele chicoteou "pecados" ou   o corpo dos pecadores? Quando chamava os incrédulos de "raça de   víboras", Ele se dirigia a noções abstratas, no ar, ou a ouvidos humanos   que sentiam a dor da humilhação?
Quando disse que o molestador de crianças deveria ser jogado ao mar   com uma pedra no pescoço, Ele se referia ao pescoço do pecado ou ao do   pecador? O pecado, em todos os casos possíveis e imagináveis, só pode   ser reprimido, punido ou combatido na pessoa do pecador, não em si mesmo   e abstratamente. Discursar genericamente sobre o pecado, sem nada  fazer  contra o agente que o pratica, é transformar a moral numa questão  de  teoria, sem alcance prático.
Em segundo lugar, não têm discernimento moral. Não, pelo menos, na   medida suficiente para avaliar a gravidade relativa dos atos privados e   públicos, nem para distinguir entre a paixão da carne e o ódio aberto  ao  Espírito Santo. Mais imbuídos de moralismo sexual burguês que de   autêntica inspiração evangélica, abominam, na mesma medida, a prática   homossexual em si e seu uso como instrumento público de ofensa   deliberada a Jesus, à Igreja, a tudo quanto é sagrado.
Não sabem a diferença entre a tentação carnal, que é humana, e o   impulso de humilhar a cristandade, que é satânico. Falam de uma coisa e   da outra no mesmo tom, como se o pecado contra o Espírito Santo fosse   tão perdoável quanto uma fraqueza da carne, um deslize, um vício   qualquer.
Assim procedendo, colocam-se numa posição logicamente insustentável.   Sentindo então a própria vulnerabilidade sem perceber com clareza onde   está o ponto fraco, vacilam e passam a atenuar seu discurso como quem   pede licença ao adversário para ser o que é, para crer no que crê. Daí é   que lhes vem o temor servil de "combater à maneira do Olavo de   Carvalho", a compulsão de marcar distância daquele que não se deixa   inibir por idêntica fragilidade de coração.
É verdade que o Olavo de Carvalho usa às vezes palavras duras,    humilhantes. Mas ele jamais elevou sua voz em público para condenar   qualquer conduta privada, por abominável que lhe parecesse. De pecados   privados fala-se em privado, com discrição, prudência, compaixão.   Pode-se também falar deles em público, mas genericamente, sem apontar o   dedo para ninguém. E o tom, em tal circunstância, deve ser de exortação   pedagógica, não de acusação.
Examinem a conduta do Olavo de Carvalho e digam se alguma vez ele se   afastou dessas normas. Quando ele humilha o pecador em público, é  por   conta de pecados públicos, que não vêm de uma fraqueza pessoal e sim de   uma ação cultural ou política racional, premeditada, maliciosa até a    medula.
Homossexualismo é uma coisa, movimento gay é outra. O primeiro é um   pecado da carne, o segundo é o acinte organizado, politicamente armado,   feroz e sistemático, à dignidade da Igreja e do próprio Deus - algo que   vai muito além até da propaganda ateística, já que esta se constitui  de  meras palavras e aquele de atos de poder. Atos de prepotência,   calculados para humilhar, atemorizar e aviltar, preparando o caminho   para a agressão física, a repressão policial e o morticínio.
O cinismo máximo dessa gente é alardear choramingando a violência   pública contra os gays, estatisticamente irrisória, e alegá-la   justamente contra a comunidade mais perseguida  do universo, que já   forneceu algumas centenas de milhões de vítimas aos rituais sangrentos   dos construtores de "mundos melhores".
O indivíduo que se deixou corromper ao ponto de entregar-se a esse   exercício de mendacidade psicótica com a consciência de estar servindo a   uma causa humanitária está longe de poder ser atingido, na sua alma,   por exortações morais, apelos à "liberdade de religião", queixas   formuladas em linguagem de debate acadêmico pó- de-arroz ou mesmo   argumentações racionais lindamente fundamentadas. Só uma coisa pode   inibi-lo: o temor da humilhação pública, que, nas almas dos farsantes e   hipócritas, é sempre exacerbado e, às vezes, seu único ponto sensível.
Sim, o Olavo de Carvalho usa às vezes palavras brutais. Mas ele o faz   por  premeditação pedagógica, que exclui qualquer motivação passional,   especialmente o ódio, ao passo que outros só se esquivam de usar essas   palavras porque têm medo de parecer malvados, porque têm horror de dar   má impressão e buscam abrigo sob a capa de bom-mocismo, de desculpas   evangélicas perfeitamente deslocadas,  concorrendo em falsidade e   hipocrisia com os próceres do gayzismo.
Cometem, aliás, o mesmo erro suicida em que os liberais brasileiros   caíram desde duas décadas atrás, quando, fugindo ao exemplo do Olavo de   Carvalho, preferiram debater economia de mercado com os petistas em vez   de denunciar o Foro de São Paulo e sua lista de crimes. Hoje estão   liquidados. A covardia é sempre má conselheira.
fonte: www.midiasemmascara.org
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